O mito dos extraterrestres
No passado dia 30 de junho de 2011, a revista Scientific American publicou na Revista UFO, com adaptação de Paulo Poianno, o seguinte artigo:
Graças ao contínuo aprimoramento de projetos como o Search for Extraterrestrial Intelligence (Busca por Inteligência Extraterrestre, SETI), Messaging to Extraterrestrial Intelligence (Mensagem para a Inteligência Extraterrestre, METI), entre outros (Veja METI: um protocolo para os contatos extraterrestres e Alexander Zaitsev: O Paradoxo de SETI), é possível que mais tarde ou mais cedo seja encontrada a inteligência procurada. Devido à lei de Moore – proposta pelo co-fundador da Intel, Gordon E. Moore, que “profetizava” a duplicação da capacidade dos computadores a cada um ou dois anos -, essa situação torna-se cada vez mais provável.
De acordo como o astrónomo e fundador do SETI, Frank Drake, as pesquisas atuais são 100 trilhões de vezes mais eficientes do que há 50 anos, e não existe previsão para o fim dessas melhorias. Se existir um ET lá fora, será estabelecido contato. No entanto, o que acontecerá quando o fizermos? Como será a resposta deles?
Questões como essas são cada vez mais seriamente consideradas pelo mais antigo e um dos mais prestigiados jornais científicos do mundo, o Philosophical Transactions of the Royal Society A, que dedicou 17 artigos da edição de fevereiro à “Deteção de Vida Extraterrestre e as suas Consequências para a Ciência e Sociedade”. Por exemplo, várias teorias sugerem que a sociedade colapsará devido ao medo e/ou anarquia generalizada; ou que os cientistas e políticos se vão unir numa conspiração para ocultar a verdade.
De acordo com Stephen Hawking, não temos motivos para falar sobre isso. “Só precisamos olhar para nós mesmos para ver como a vida inteligente pode se desenvolver e resultar em algo que não gostaríamos de encontrar”, referiu em documentários do Discovery Chanel. Considerando a história de confrontos entre civilizações terrestres, nas quais os mais avançados escravizavam ou destruíam os menos desenvolvidos, Hawking concluiu: “Se os extraterrestres nos visitarem um dia, eu acredito que o resultado seria muito parecido com o que aconteceu quando Cristóvão Colombo chegou à América, o que não foi muito agradável para os nativos americanos” (Veja Stephen Hawking: “Eles não são nossos amigos”).
Mito humano para maldade alheia
Na verdade, qualquer civilização capaz de empreender longas viagens espaciais terá que ter avançado muito além do mero colonialismo explorador e de fontes de energia não sustentáveis. Escravizar os nativos e apoderar-se dos seus recursos pode ser lucrativo a curto prazo para as civilizações terrestres, mas essa estratégia poderá não persistir nas dezenas de milhares de anos necessárias para as viagens espaciais interestelares e sociedades galácticas.
Nesse contexto, podemos entender que as civilizações extraterrestres nos pressionam a considerar a natureza e o progresso da civilização terrestre, nos dão a esperança de que se ou quando estabelecermos contato, pelo menos alguma “inteligência” terá conseguido atingir um nível no qual a incorporação de novas tecnologias substituiu o controlo e a manipulação das pessoas, e a exploração do espaço superou a conquista de terras.
- Janeiro 14, 2013
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